sexta-feira, 30 de julho de 2010

China


Foi anunciado, hoje, que a China se tornou a segunda maior economia do mundo, superando o Japão. A previsão do Banco Mundial e do Goldman Sachs é que, por volta de 2025, a economia chinesa supere a norte-americana. O país teve crescimento de 11,1% no primeiro semestre de 2010 frente ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que feche o ano com crescimento de 9% a.a..

Desde que implementou reformas voltadas para o desenvolvimento do mercado doméstico, abandonando doutrinas comunistas, em 1978, o crescimento médio da China tem sido de 9,5% ao ano. Um crescimento pra lá de espetacular.

A Agência Internacional de Energia já diz que a China ultrapassou os Estados Unidos em consumo de energia. E eles não estão muito preocupados com esse negócio de mudança climática. Eles têm interesse em manter o status de país em desenvolvimento, para evitar responsabilidades internacionais. Na Inglaterra, país que sempre se posiciona à frente das discussões sobre mudança climática (sabe Deus por que), se diz que qualquer esforço do país para combater uma possível mudança climática será inútil, pois será ínfimo frente às emissões chinesas. O que é verdade, mas o Chris Hune (Secretário de Energia britânico) não quer nem saber, quer transformar o país com a  produção eólica (sem pensar na energia nuclear. Sabe Deus por que).

Além disso, a China reluta em fazer flutuar sua moeda, o Yuan, com receio de forte valorização. Mas isto prejudica o uso da moeda globalmente, como substituto do dólar ou do euro.

A renda per capita da China ainda é bem menor do que em qualquer país desenvolvido e alguns subdesenvolvidos, como o Brasil, por causa de sua imensa população. O país ainda tem inúmeros problemas sociais, políticos e ambientais. A sociedade chinesa sofre da falta de democracia e falta de proteção social. Os números do PIB escondem muita coisa. Não se pode achar que estamos diante de um novo tempo, em que um novo império ressurge com novos princípios. O crescimento da China não mostra que os princípios democráticos e de direitos humanos devem ser alterados, muito pelo contrário. O velho capitalismo selvagem, sem regras e sem proteção social, é que está presente na China.

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