quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Gangorra Psicológica: Estado ou Deus


A revista acadêmica Journal of Personality and Social Psychology publicou essa semana uma pesquisa de Aarron C. Kay,  Steven Shepherd, Craig W. Blatz, Sook Ning Chua e Adam D. Galinsky, que tem o título de
For God (or) Country: The Hydraulic Relation Between Government Instability and Belief in Religious Sources of Control (Por Deus or Pelo País: A Relação Hidráulica Entre Instabilidade do Governo e Crença na Religião como Fontes de Controle)

Os pesquisadores dizem provar que tanto os cidadãos do leste como do oeste do mundo procuram proteção, quando perdem o controle pessoal, no Estado ou na Religião. Manipulando experimentos, eles mostram que quando as pessoas perdem a fé no Estado se tornam mais religiosas e vice-versa.

Aí você pode perguntar: o que é que isso tem a ver com a foto da galinha acima?

É que eu tendo a desconfiar desses experimentos. O exemplo clássico para provar que eles estão errados  é que os Estados Unidos são o país mais rico do mundo e são muito mais religiosos que os países europeus.

Mas supondo que eles estejam corretos, os cidadãos se comportam como o cachorro embaixo da galinha acima. A galinha (sendo Estado ou Deus) são coisas diferentes, eles fornecem apoio para situações distintas. Sendo Deus infinito, onipresente, criador de todas as coisas e misericordioso, Ele é muito mais forte que qualquer Estado que é finito, falho e humano. A fé no Estado é uma aberração. É um erro. Mas, sei, os pesquisadores estavam apenas querendo observar a psicologia humana.

Ed West fala do estudo e mostra as diferenças entre Deus e Estado. A imaculada concepção de Cristo e a vida após a morte não podem ser provadas (West também fala que a Ressurreição não pode ser provada, mas quem já viu, como eu, William Craig   falar sobre o assunto, vai achar que ele consegue provar). Mas a erradicação da pobreza, por exemplo, não podem ser fornecida pelo Estado isoladamente. A pobreza é muita relacionada a moral, a família, ao relacionamento entre pais e filhos.

Um ponto interessante, no entanto, que pode ser depreendido da pesquisa é que os ateus tendem a acreditar mais no Estado. Isto é, os ateus são mais propensos a acreditar em um Estado grande para prover casa, comida, educação, saúde, infraestrutura, etc. para todos. Isto é, os ateus tendem a ser mais esquerdistas, socialistas, já que eles não acreditam em uma fonte de apoio que não seja humana. Eles tendem a acreditar em um salvador humano, em um líder que cuide da vida das pessoas, que indiquem às pessoas qual é o caminho. Acham que um humano carismático sentado no poder tem capacidade de corrigir ou salvar outro humano.

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