terça-feira, 19 de novembro de 2013

Obama omite Deus nos 150 anos do Discurso de Gettysburg de Abraham Lincoln.


Hoje, faz 150 anos do discurso político mais famoso dos Estados Unidos. É um discurso curtíssimo que foi pronunciado por Abrahham Lincoln no palco da guerra civil em Gettysburg, que teve o maior número de mortes da guerra. Neste pequeno discurso, Lincoln diz basicamente que os soldados mortos pela causa do país consagraram aquele terreno com suas vidas, que cabia aos sobreviventes mostrar que os soldados não morreram em vão e que os Estados Unidos, sob Deus, farão surgir uma nova liberdade, com um governo do povo, pelo povo e para o povo.

Aqui vai o discurso de Lincoln em Gettysburg (para entender, esclareço que "four score" significa 80 anos (4 x 20)):

Four score and seven years ago our fathers brought forth on this continent, a new nation, conceived in Liberty, and dedicated to the proposition that all men are created equal. 

Now we are engaged in a great civil war, testing whether that nation, or any nation so conceived and so dedicated, can long endure. We are met on a great battle-field of that war. We have come to dedicate a portion of that field, as a final resting place for those who here gave their lives that that nation might live. It is altogether fitting and proper that we should do this. 

But, in a larger sense, we can not dedicate -- we can not consecrate -- we can not hallow -- this ground. The brave men, living and dead, who struggled here, have consecrated it, far above our poor power to add or detract. The world will little note, nor long remember what we say here, but it can never forget what they did here. It is for us the living, rather, to be dedicated here to the unfinished work which they who fought here have thus far so nobly advanced. It is rather for us to be here dedicated to the great task remaining before us -- that from these honored dead we take increased devotion to that cause for which they gave the last full measure of devotion -- that we here highly resolve that these dead shall not have died in vain -- that this nation, under God, shall have a new birth of freedom -- and that government of the people, by the people, for the people, shall not perish from the earth.

Abraham Lincoln
November 19, 1863


Com diversas celebrações para comemorar a data, Obama foi convidado para ler o discurso.

Eu já visitei o Memorial de Lincoln em Washington, e foi bem legal ver um vídeo em que diversos presidentes de qualquer partido político fazem a releitura do discurso. O vídeo mostra que existem princípios permanentes nos Estados Unidos que superam as divergências políticas.

Acontece que Obama, ao reler o discurso, omitiu a parte "under God"  (sob Deus) do discurso.

Em sua defesa, Obama poderia dizer que leu a versão Nicolay do discurso em que não consta a expressão "under God". Mas não foi a versão Nicolay que Lincoln leu e Lincoln incluiu pessoalmente a expressão "under God" quando lhe pediram um cópia do discurso. Além do que todo o discurso tem um tom religioso. A versão Nicolay é apenas o primeiro rascunho do discurso. No Memorial de Lincoln consta o que ele leu na hora e isto inclui a expressão "under God". Vejam as diversas versões clicando aqui.

É conhecido o comportamento anti-religioso do Obama. Por exemplo, já falei diversas vezes aqui no blog das inúmeras ações judiciais da Igreja Católica contra o governo Obama, por ele querer obrigar instituições católicas a prover anticonceptivos. Obama é o típico esquerdista, que apenas se diz cristão para fins eleitorais, na prática, procura eliminar qualquer referência a Deus nas escolas e nas repartições públicas.

Certa vez, eu disse para um amigo que os estudantes brasileiros deveriam estudar muito mais a Revolução Americana do que a Revolução Francesa. A Revolução Americana ao colocar os homens "under God" trouxe a verdadeira igualdade, fraternidade e liberdade. A Revolução Francesa, ao eliminar Deus, trouxe um estado forte e a guilhotina.

Obama é o típico amante da Revolução Francesa.

No Brasil, nossa república tem uma formação positivista, da "ordem e progresso", um coisa bem secular, meio maçônica, que remete ao cientificismo. Mesmo com isso, temos pouca ciência, e nossa religiosidade é bem frágil, não tem profundidade.

E, por sinal, qual seria o mais famoso discurso da história da república brasileira? Aquele discurso que mudou nossa história positivamente, qual seria?


(Agradeço a informação ao blog Creative Minority Report)

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