segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quem deseja um Irã estável?

No Livro Peace Kills, o autor, P. J. O'Rourke, diz que quando o Iraque ficou estável ele atacou Israel duas vezes (1967 e 1973), atacou o Irã, atacou o Kuwait e assassinou os xiitas, além de propagar o terrorismo pelo Oriente Médio. Então, O'Rourke pergunta: quem deseja um Iraque estável?

Da mesma forma, nós agora perguntamos: quem deseja um Irã estável? Todo mundo conhece as ameaças a Israel, as manobras para esconder enriquecimento de urânio e o apoio iraniano ao terrorismo no Oriente Médio. Além das diversas violações aos direitos humanos no país contra as minorias.

A Igreja Católica está pregando o fim de todas as armas nucleares no mundo durante a Conferência da ONU sobre o Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares em Nova York. Para fazer esse apelo está usando os arcebispos de Nagasaki e Hiroshima. A Igreja deve realmente pregar a paz entre os povos, mas imaginem se todos os nossos policiais abandonassem suas as armas. Por que os bandidos iriam fazer o mesmo? Eles não seguem as regras e os valores da paz e defesa da vida. Assim são os países párias.

Hoje a Turquia aceitou receber o urânio do Irã e em troca o Irã receberia urânio enriquecido dos EUA, Franca e Rússia. O Brasil fez parte do acordo. Como o Brasil irá contribuir? Não se sabe ainda e eu não consigo imaginar. Mas o Irã já tinha aceitado um acordo parecido e depois voltou atrás e, aparentemente, o novo acordo, é baseado em uma antiga proposta da Turquia que o Irã tinha recusado anteriormente. Os EUA deixaram claro antes do encontro entre Irã, Brasil e Turquia que essa era a última chance do Irã antes que sejam aplicadas sanções. O Irã estava sob pressão. Mas a grande questão não é a troca de urânio, mas se o país vai continuar a enriquecer o urânio. Depois do acordo, a diplomacia iraniana já disse que sim.

Eu já acho que as sanções não irão resolver, imagina um velho acordo gerenciado pelo próprio Irã. Se eu fosse líder israelense continuaria preparando meu país militarmente. A igreja não deve declarar nem remotamente apoio a uma ação militar (apesar de já ter feito isso no passado, durante as Cruzadas), mas deve reconhecer a necessidade de segurança e também que há diversos valores no mundo, inclusive um que prega o fim dos infiéis, especialmente se estes moram em Israel ou nos EUA.

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