sábado, 5 de fevereiro de 2011

Democracia em Países Islâmicos

 


Como gerar plena democracia secular nos países de maioria muçulmana? Esse é o grande debate com a crise do Egito.

Eu tendo a achar completamente ingênuo quem imagina democracia, com defesa do estado de direito , em países islâmicos. Democracia não é apenas voto, como muita gente costuma pensar, incluindo o ex-presidente Lula. O voto popular pode gerar monstros. Hitler e Chavez nasceram dele. É necessário a defesa do estado de direito, e o entendimento de que é preciso conter algumas vezes o próprio anseio popular quando este é contrário ao estado de direito. Democracia é a lei, a ordem, a defesa das minorias.

Em países islâmicos, não há experiência democrática. A falta dessa experiência facilita a vitória de populistas. No Brasil, passamos 25 anos sem eleições para presidente, e, na primeira eleição, elegemos um populista que era contra os marajá, sendo ele próprio um marajá. E não podemos dizer que temos o estado de direito, nossa democracia é muito falha ainda. As oligarquias que mandavam na ditadura continuam a mandar. Imagina em países islâmicos que nunca votatam para presidente.

Nos Estados Unidos, existe o Fórum Para Democracia Islâmica Americano (American Islamic Forum For Democracy - AIFD). Gosto das idéias do presidente e fundador desse fórum Dr. Zahid Jasser. Ele é um muçulmano que serviu no exército americano como médico.

Dr. Jasser está todos os dias na televisão americana, falando dos riscos da crise no Egito e dos perigos da teocracia islâmica na região. Ele argumenta que os  países islâmicos são dominados ou por ditadores fascistas seculares ou por teocracias. A pior forma para o povo e para o mundo é a teocrática, pois elas visam um domínio mundial.

Os países só deixariam de ser párias no mundo, se adotarem os princípios universais de democracia e respeito às leis. Ele defende os princípios que formaram a sociedade americana como essenciais para a salvação dos países islâmicos e que os Estados Unidos deveriam agir na defesa desses princípios e não imaginar que grupos como a Irmandade Muçulmana possam ser moderados. Ele diz que não há esse negócio de grupo islâmico moderado, porque o Islã político defende a teocracia.

O problema é encontrar um secular nos países islâmicos que teria força suficiente para implementar esses princípios. Quando ele é perguntado sobre isso, dr. Jasser não sabe responder, nem ninguém sabe, nem a própria população desses países. Mas ele sabe o que não deve acontecer e o que os Estados Unidos devem fazer.

Eu acho o discurso do Dr. Jasser um pouco falho, pois, por vezes, ele confundi algumas definições de fascismo e não vê que os ensinamentos do próprio islã estão longe dos princípios que ele defende. Além disso, a liberdade religiosa que ele prega acabará sendo o fim do islã. Para mim, os ensinamentos cristãos são muito superiores, e dominaria em situação de liberdade. Mas, certamente, o mundo faria muito bem em ouvi-lo. O Obama fala muita bobagem agora na crise do Egito, por exemplo, usa palavras vazias e longe da realidade do Egito, deveria ouvi-lo.

Abaixo vai uma apresentação dele, na qual ele conta sua história de migração para os Estados Unidos, quando a AIFD fui fundada,  o que ele defende (princípios da Constituição americana) e o que ele é contra (islã político).


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