terça-feira, 17 de maio de 2011

Denúncia: Míssil Iraniano na Venezuela


O jornal alemão Die Welt fez uma denúncia ontem. O Irã está construindo uma base de lançamento de mísseis na Península de Paraguaná na Venezuela. Vejam o mapa abaixo onde fica a península.



Acho que este blog é o único meio dos brasileiros saberem disso, pelo menos por enquanto. Mas já saiu no Jerusalem Post, no site americano Weasel Zippers e até no Drudge Report.

Em 19 de outubro do ano passado, o Irã e a Venezuela fizeram um acordo para a cosntrução dessa base de mísseis que pode ser usada tanto pelos inimigos da Venezuela como pelos inimigos do Irã (que são praticamente os mesmos). A empresa Khatam al-Anbia que pertence a Guarda Revolucionária do Irã visitou o local em fevereiro e o Irã já pagou em dinheiro vivo a Venezuela parte da empreitada. 

O Irã tenta realizar a mesma façanha que os soviéticos tentaram com Cuba e quase levaram o mundo a guerra nuclear em 1962. Naquela oportunidade, o presidente John Kennedy não permitiu que a União Soviética realizasse  a construção de bases para mísseis nucleares em Cuba. Além disso, o Irã está desenvolvendo sua usina nuclear em Bushehr com a ajuda dos russos. E agora Obama?

A base também pode servir para que a Venezuela ameace seus vizinhos, especialmente a Colômbia. Imaginem isso na mão das FARC. E agora Colômbia? E agora Brasil, que pretende ser um líder na região?

O irônico e trágico ainda é que a Alemanha não é flor que se cheire em matéria de relações com o Irã. A Alemanha premitiu a instalação de uma banco comercial iraniano em Hamburgo, contrariando a determinação das sanções internacionais. Os Estados Unidos, a França, a Inglaterra e Israel criticaram a Alemanha. Eu mesmo já falei aqui das relações espúrias da Alemanha com o Irã.

Internamente, Ahmadinejad está com bastantes problemas no Irã, os clérigos se voltam contra ele, prendem seus colaboradores e acusam até o presidente iraniano de bruxaria. Mas Ahmadinejad vai reforçando a Guarda Revolucionária que tem um viés mais nacionalista e menos teocrático. O mundo tem de ficar de olho nisso. É briga entre inimigos do ocidente. Cabe meter a colher? Acho que não, mas não se pode permitir o avanço da ameaça iraniana ao mundo.

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