Em 1973, a Suprema Corte dos Estados Unidos abriu as portas para o aborto no país, na decisão Roe vs Wade. Norma McCorvey (que era a Roe do caso. Wade era o advogado de Dallas, Texas) ficou grávida pela terceira vez e queria abortar. Primeiro, mentiu que tinha havido um estupro, pois as leis do Texas permitem aborto nesta circunstância, mas a falta de notificação policial eliminou esta possibilidade, depois tentou abortar em uma clínica clandestina, mas a clínica tinha sido fechada pela polícia. Então, ela decidiu tentar na justiça o aborto. O assunto subiu até a Suprema Corte que decidiu pelo direito de aborto baseado no direito a privacidade dentro dos limites estabelecidos pelos estados.
Então, todo ano, nesta época, há marchas pela vida nos Estados Unidos , contra a decisão Roe vs Wade. O interessante é que Norma mudou de lado e hoje é uma das grandes vozes contra o aborto nos Estados Unidos, como mostra o cartaz acima. Ela, inclusive, está participando de um filme este ano que fala sobre a questão do aborto.
Este ano, o Wall Street Journal convocou o candidato a candidato a presidente dentro do Partido Republicano, Rick Santorum, para escrever um texto sobre a decisão judicial de 39 anos atrás. Vou traduzir (em azul) abaixo partes do texto do candidato que torço para ser presidente dos Estados Unidos.
Segunda-feira marca o primeiro dia da quarta década de Roe v. Wade, mas juntos, podemos fazer a década em que Roe é anulada. Na escolha de um presidente comprometido com a defesa da vida e nomeação de juízes originalistas, vamos virar a maré para a vida e dignidade humana.
Eu acredito que toda vida é preciosa. Sei que a vida começa na concepção. Eu sei que cada pessoa, cada criança concebida no útero, tem direito à vida. Eu sei que a vida é um direito dotado pelo Criador, que é inalienável, previsto na Declaração de Independência, e deve ser garantido pela Constituição. O direito à vida é o primeiro. Sem sua proteção, não importa os outros direitos.
Este aniversário é tanto um dia de tristeza para os mais de 40 milhões de bebês que morreram desde Roe v. Wade e um dia de esperança, mais e mais americanos abraçar uma cultura da vida e como mais e mais jovens marcham em Washington e em todo o país em favor da vida.
A Emenda 14 ª diz explicitamente: "Nenhum Estado poderá fazer ou executar qualquer lei que restrinja os privilégios ou as imunidades dos cidadãos dos Estados Unidos, nem qualquer Estado privar qualquer pessoa da vida, liberdade ou propriedade, sem o devido processo legal; nem negar a qualquer pessoa dentro de sua jurisdição a igual proteção das leis. "
A Constituição é clara. O significado é inconveniente.
Eu tenho aprendido lições sobre o valor de toda a vida de meus filhos. Sofro para as crianças perdidas e para as mães que têm sido enganadas por um egoísmo vendido na sociedade.
Nós não julgamos corações mas julgamso históricos. O histórico do presidente Obama de apoio ao aborto é radical e extremo. Ele ficou sozinho, não para defender a vida, mas se opor à Lei de Proteção de Nascido Vivo infantil no Estado de Illinois no Senado. Ele se opôs a encerrar o processo horrível de aborto de nascimento parcial. Ele apoiou fundos federais para o aborto através de ObamaCare e disse a instituições de caridade católicas que não havia lugar na estalagem se quisessem ajudar as mulheres abusadas por traficantes de sexo e ser pró-vida, ao mesmo tempo.
Meus adversários sussurram que são pró-vida, mas eu luto a batalha nas trincheiras e continuarei a fazê-lo até que cada vida humana inocente neste país está protegida. Eu dediquei minha vida como marido, pai e líder a esta causa.
Ron Paul abraça a Emenda 10, mas ignora a Emenda 14, quando ele se recusa a apoiar proteções federais para o nascituro. A Constituição protege não apenas os direitos de propriedade, mas as pessoas também. O que é liberdade sem o direito à vida? Os tribunais federais e do governo federal são o último recurso para proteger este direito fundamental.
A paixão de Mitt Romney para a vida foi aparentemente dominada pelos democratas, quando ele colocou a clínica de aborto Planned Parenthood no conselho consultivo para o sistema de saúde RomneyCare e não lutou contra financiamentos ao aborto quando era governador de Massachusetts. Ele era, ao que parece, muito tímido para apoiar os juízes que entendem o significado claro da Constituição sobre o direito à vida.
Newt Gingrich tem empurrado as questões sociais para o banco de trás. Em uma promessa para a América que o Congresso tentou colocar juntos em 2010, meu telefone estava soando toda hora com pessoas que diziam que Newt queria que as questões sociais ficassem fora do compromisso para as eleições de 2010. Queremos um presidente que fala em ambos os lados ou alguém que não tem medo de colocar as questões sociais na linha de frente onde eles pertencem?
Sempre que sou confrontado com uma lei imoral que é injusto ou prejudicial para a sociedade, eu acredito que tenho a obrigação de trabalhar para mudá-lo para comportar com o que é moral. Concordo com os Fundadores que há uma lei natural que pode ser conhecido através do exercício da razão contra o qual o direito positivo ou civil deve ser medida e, se necessário, alterada. Durante décadas, certos seres humanos foram indevidamente tratadas como propriedade e liberdade negado nos Estados Unidos porque eles não eram considerados sujeitos nos termos da Constituição.
Estou decepcionado que o presidente Obama, que legitimamente luta por direitos civis, se recusa a reconhecer os direitos civis dos nascituros em seu país. Os não-nascidos precisam de líderes que se levantem na defesa da vida, assim faz a alma da América.
Grande palavras do meu candidato, Rick Santorum!
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