terça-feira, 14 de agosto de 2012

"Irã deveria ser Expulso da ONU e do FMI"

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O ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU, John Bolton, escreve hoje no Wall Street Journal junto com Mark Wallace e Kristen Siverberg, defendendo que a ONU e o FMI expulsem o Irã de suas organizações, porque o Irã viola repetidamente o direito internacional.

Eles reconhecem que a ONU, em vários de seus órgãos, aceita a participação do Irã mesmo em comissões de direitos humanos, como as de respeito à mulher e a de controle de armas. O Irã é um dos países do mundo em que a mulher sofre apedrejamento e flagelação por violar normas de vestimentas e por adultério. E o país repetidamente ajuda grupos de terroristas com armamentos.

Também reconhecem que o FMI mantém negócios com o Banco Markazi, o Banco Central iraniano, apesar dos Estados Unidos e a Europa proíbirem negócios com este banco por conta do crime de lavagem de dinheiro.

E também dizem que a expulsão do Irã é pouco provável, pois o país teria o apoio da Rússia e da China. Mas que a tentativa de expulsão teria o lado positivo de mostrar que são os amigos do Irã.

Os autores não falam, mas o Irã poderia contar com quase toda a América Latina também, como seus amiguinhos, além é claro dos outros países muçulmanos. E duvido muito que a União Européia defendesse a expulsão, a própria Alemanha já foi pega com vários relacionamentos de suas empresas com o Irã.

Então, em suma, valorizo as opiniões de Bolton, mas esta realmente está muito longe da realidade pelo próprio comportamento da ONU e do FMI e pelos diversos amigos do regime totalitário do Irã. Caso acontecesse a tentativa, os Estados Unidos ficariam totalmente isolado.

A ONU e o FMI não servem como exemplo na defesa da justiça, dos direitos humanos e da paz. No papel até parece, na prática, a teoria é outra. E os países têm muita dificuldade para defender princípios.


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