terça-feira, 29 de abril de 2025

Filósofo Católico Josef Seifert Escreve Carta Aberta aos Cardeais


A primeira vez que li sobre essa carta aberta do professor Seifert foi no site gloria.tv.  Hoje, vejo a carta divulgada por mais sites, com versões em francês, inglês e alemão. Aqui vai a tradução para português.

A carta apoia um questionamento do arcebispo Viganò e pede investigação das heresias de Francico, com fundamento em documentos de Paulo IV e Pio V. Seifert detalha ainda algumas heresias na carta.

O filósofo Josef Seifert é um renomado fenomologista austríaco católico da linha realista, que considera ser filho acadêmico do grande filósofo católico Dietrich von Hilderbrand. Já participei de seminário do Instituto Hildebrand, nos Estados Unidos, não sei se o Instituto apoia as palavras de Seifert.

Seifert fundou a Academia João Paulo II para a Vida Humana e a Família, em 2017, como um contrapeso à outrora respeitada Pontifícia Academia para a Vida, agora liderada pelo arcebispo dissidente Vincenzo Paglia, disse que foi seu amor pela verdade e pela Igreja, e o fato de que elementos-chave dos ensinamentos do Papa Francisco são contrários aos do Papa São João Paulo II, que o levaram a fundar a Academia.

Aqui vai a tradução para o português da carta de Seifert, dirigida ao cardeal italiano Battista Re :

Carta Aberta do Professor Dr. Fil. Habil. Josef Maria Seifert

Kartäuserstraße 16/6

3292 Gaming, N.Ö.

Áustria

A Sua Eminência, Cardeal Deão Gian Battista Re

Gaming, 24 de abril de 2025

Sobre a necessidade de examinar, antes do próximo Conclave, a acusação formal de heresia lançada pelo Arcebispo Viganò (e apoiada por muitos eminentes teólogos, juristas e filósofos de todo o mundo) contra o Papa Francisco

Eminência, caro Cardeal Deão Giovanni Battista Re,

Saudações cordiais em Cristo. Dirijo-me a você, querido e veneradíssimo Cardeal Deão Re, porque somente você detém agora a autoridade para uma investigação sobre a acusação de heresia contra o Papa Francisco, a ser realizada antes do próximo Conclave.

Você, como a mais alta autoridade da Igreja Católica, ocupará até a eleição do próximo Papa e, em união com o Cardeal Camerlengo Kevin Joseph Farrell, convidará os cardeais qualificados de todo o mundo com menos de 80 anos para eleger o novo Papa, e poderá determinar a data do próximo Conclave.

Escrevo-lhe em carta aberta devido ao pouco tempo que nos resta para resolver questões de extrema importância e urgência.

Descobri, através do texto "J'accuse", do Arcebispo Viganò, dois documentos pontifícios — pela solene invocação da Sé de Pedro e sua declaração de validade para sempre — provavelmente dogmáticos e certamente os mais autoritários sobre a questão dos "bispos, cardeais e papas heréticos" do Papa Paulo IV e São Pio V.[1] Esses textos me parecem da maior importância para a Igreja na atualidade.

Eles solicitam solenemente que a Igreja realize um exame das acusações de heresia papal.

O simples fato de excomungar um arcebispo por ter agido exatamente como um papa eminente e santo solenemente solicitou que agisse diante de um papa que aderiu a heresias antes, durante e depois de sua eleição ao papado é, a meu ver, gravemente errado e injusto. Essas acusações deveriam ter sido examinadas primeiro e, se forem verdadeiras, não há absolutamente nenhuma punição a ser infligida por fazê-las.

Acredito que a Igreja deve a um arcebispo excomungado e a pelo menos outros quatro excomungados pelo mesmo motivo, a dois papas e aos fiéis, responder à firme insistência do Papa Paulo IV de que um papa que professa heresia não é mais papa e não pode exigir obediência, como disse o Arcebispo Viganò, com o importante conselho de que a impropriedade de qualquer autoridade julgar um papa não se aplica a um papa herege que meramente usurpa a Sé de Pedro, mas que, em virtude de sua heresia, não é verdadeiramente papa e tem menos autoridade na Igreja do que qualquer cardeal ou bispo ortodoxo.

A importância crucial de ordenar e concluir esta investigação antes da convocação do próximo Conclave reside no seguinte:

O resultado da próxima eleição papal depende em grande parte do resultado desta investigação, pois São Pio V e o Papa Paulo IV decretaram que todas as nomeações cardinalícias feitas por um papa herege são nulas e sem efeito.

Assim, se a acusação de heresia antes, durante e depois da eleição do Papa Francisco se provar verdadeira, dois terços do atual Colégio Cardinalício seriam excluídos do Conclave. Portanto, a conclusão desta questão deve ocorrer antes do próximo Conclave, caso contrário, a próxima eleição papal será a priori inválida, a menos que seja primeiro determinado se a maior parte dos membros do Colégio Cardinalício são eleitores legítimos ou não, e se o futuro Papa eleito pertence ou não ao Colégio Cardinalício.

Além disso, duas outras questões estritamente relacionadas devem ser esclarecidas antes do próximo conclave:

1. se as mudanças feitas pelo Papa Francisco nas regras que regem as eleições papais, promulgadas pelo Santo Papa João Paulo II, são válidas ou não (caso ele não fosse um papa válido), e

2. se certos documentos do Papa Francisco devem permanecer na Acta Apostólica ou ser removidos dela (como os Papas São Pio V e Paulo IV decretaram para documentos emitidos por um papa herético).

Os Papas São Pio V e Paulo IV decretaram e fixaram, por tempo indeterminado, que todas as decisões, nomeações e elevações de bispos e cardeais, bem como todos os escritos de um papa herético, sejam declarados nulos e sem efeito.

De acordo com esses documentos papais e de acordo com a lei natural, os cardeais escolhidos pelo Papa Francisco não podem permanecer eleitores se a acusação de heresia ou apostasia se mostrar bem fundamentada.

Dirijo-me a você, caro e veneradíssimo Cardeal Re, porque somente você, em união com o Cardeal Camerlengo Kevin Joseph Farrell, detém agora a autoridade necessária para que esta investigação ocorra antes do próximo Conclave.

Visto que o senhor, caro Cardeal, agora detém a autoridade suprema na Igreja até a eleição de um novo Papa, poderia agir imediatamente, determinando os membros do júri, dentre os cardeais nomeados pelos Papas anteriores ao Papa Francisco, que julgariam a questão da heresia e da validade do Papa Francisco.

Portanto, humildemente o exorto, caro Cardeal Decano, a exercer sua autoridade neste momento dramático da história da Igreja e a agir sob a autoridade de dois Papas que exigem tal ação.

Creio que, atualmente, somente o senhor poderia ser comparável a Santo Atanásio, que, ainda diácono, durante a crise ariana e com um Papa hesitante, conseguiu (apesar de suas duas excomunhões no processo) preparar o caminho para certos concílios que condenaram a heresia ariana, a qual, se aceita, teria sido fatal para a fé cristã. Mas a heresia de que Deus deseja a pluralidade de religiões, incluindo religiões não cristãs, e outras heresias atribuídas ao Papa Francisco são ainda mais contrárias à verdadeira fé cristã do que o arianismo.

Portanto, humildemente sugiro e imploro que ordene, antes do iminente Conclave, um exame justo e imparcial das numerosas acusações de heresia e (em vista da declaração de Abu Dhabi de que Deus desejou a pluralidade de religiões desde a Criação e do culto a Pasha Mama no Vaticano) também de possível apostasia do Papa Francisco.

Creio que, ao fazê-lo, o senhor poderia salvar a Igreja de uma confusão única, do ponto de vista histórico, de proporções catastróficas.

O senhor se basearia nos documentos de Paulo IV e São Pio V, ambos os quais ensinaram solenemente que, mesmo que todos os cardeais tivessem eleito livremente o papa, sua eleição seria anulada pelas heresias que ele defendeu antes e depois de sua eleição.

Isto não tem nada a ver com uma ação contra a Igreja ou contra o Papa: pelo contrário, é um ato de amor supremo pela Igreja e por Francisco: porque SE a acusação de heresia, lançada oficial e oficiosamente por altas autoridades doutrinárias e teológicas contra Francisco, se revelar verdadeira ao final de um processo eclesiástico adequado, a Igreja confrontará os fiéis com a verdade (e Sócrates já disse isso no Górgias: nenhum dom mais precioso pode ser concedido a uma pessoa do que libertá-la do erro). A oportunidade de libertar Francisco dos erros durante sua vida foi agora perdida, dada a sua morte. Mas se o Papa Francisco, como devemos esperar, revogou todos os erros de seu coração antes de sua morte e certamente os reconhece agora, condená-los e libertar a doutrina da Igreja deles ainda seria um ato de amor ao Papa Francisco e especialmente à noiva de Jesus, a Igreja, libertando-a do imenso mal das heresias.

Acredito que, se a acusação de heresia for verdadeira, um veredito oficial válido de que Francisco é herege e, portanto, não foi um papa válido, como já foi feito em relação a vários papas antes, inclusive postumamente, seria do maior benefício para o futuro da Igreja.

De fato, mesmo que o Papa Francisco tivesse renunciado ao seu cargo, como fez o Papa Bento XVI, isso não teria sido suficiente para curar a terrível ferida de um papa herege, pois os elementos destrutivos e os frutos venenosos de seu pontificado teriam permanecido:

1. A Acta Apostolica continuará a conter heresias não condenadas.

2. Ensinamentos morais heréticos, como os expressos na Acta Apostólica, permaneceriam ostensivamente como ensinamentos oficiais da Igreja e seduziriam os fiéis a cometer pecados graves.

3. Muitas outras observações heréticas do Papa que contradizem diretamente as palavras solenes de Cristo e os dogmas da Igreja não seriam expurgadas do corpo de ensinamentos da Igreja, tais como:

a. O "ensinamento" (privado, mas repetido) de Francisco sobre a vacuidade do inferno e a inexistência de castigo eterno,

b. a afirmação da aniquilação em vez do castigo eterno para pecadores incuráveis, um ensinamento típico das Testemunhas de Jeová, incompatível com vários dogmas.

c. A frase da Declaração de Abu Dhabi sobre a Vontade de Deus desde a Criação, referente à pluralidade de religiões (incluindo aquelas que negam a divindade de Cristo, a Santíssima Trindade, a redenção somente por Cristo, etc.), que é mais apóstata do que herética, não seria removida da Acta Apostolica, mas permaneceria prescrita para todos os bispos e reitores de seminários em todo o mundo, para ensinarem em seminários na una, sancta, catholica et apostolica Ecclesia como parte da preparação dos seminaristas para as ordens sagradas. Esta sentença apóstata permaneceria aos olhos dos fiéis como um "ensinamento da Igreja", mas na realidade não é apenas anticatólica, até mesmo anticatólica, mas também anticristã, o que causaria imenso dano à fé e à moral se fosse mantida na Acta Apostolica.

3. Além disso, somente se Francisco, após a Igreja ter examinado e condenado suas heresias, que são muito piores do que as de qualquer Papa anterior como João XXII, fosse postumamente declarado não ter sido o verdadeiro Papa, muitas das ações tomadas pelo Papa (louvor papal e celebração do Dia da Reforma, estátua, selo e louvor a Lutero) poderiam ser consideradas medidas que devem ser reprimidas; culto à Paxá Mamma em São Pedro; bênçãos de casais homossexuais e adúlteros, falsa alegação de que casais adúlteros e recasados ​​podem saber por sua consciência que Deus quer que eles permaneçam no pecado de adultério, em vez de seguir o ensinamento perpétuo da Igreja sobre o casamento expresso em Familiaris Consortio 83, etc., etc.), não poderiam mais ser considerados ações e ensinamentos católicos legítimos, e seus documentos não seriam mais aceitos como parte do verdadeiro ensinamento católico.

Consequentemente, de acordo com o infalível ensinamento papal de Paulo IV e São Pio V, na minha opinião, a nomeação de 80% dos cardeais eleitos por Francisco (que, humanamente falando, provavelmente elegerão um papa que poderá continuar a ensinar as heresias de Francisco) será retirada e deixará de ser uma terrível ameaça ao próximo conclave e à eleição de um novo papa.

Por todas essas razões, caro Cardeal Gianbattista Re, imploro-lhe em nome de Jesus Cristo, sua e nossa amada mãe que mata todas as heresias, e em nome de São José, o terror daemonum, que considere se não seria chamado a ajudar a libertar a Igreja dos males mencionados.

Peço-lhe de joelhos que considere se Deus não o está chamando, em seu nome e no de Jesus Cristo, para se tornar um instrumento humano para salvar a Igreja do abismo para o qual ela parece estar se precipitando.

Este passo me parece o único correto, e os resultados negativos que poderia provocar, a ocorrência efetiva de uma divisão na Igreja entre a Igreja de Bergoglio e a verdadeira Igreja, seriam um mal muito menor do que uma Igreja tranquila na desordem mergulhada no erro; na verdade, seria uma verdadeira bênção, pois levaria a uma renovação da verdadeira ECCLESIA UNA, SANCTA, CATOLICA ET APOSTOLICA, fundada na VERDADE. Estou certo também de que inúmeros católicos acolheriam com agrado este passo.

Portanto, caro Cardeal Gian Batista Re, o senhor pode imitar, de forma mais frágil e humana, o glorioso São Miguel e realizar uma sombra humana de sua luta contra o demônio no céu, menor, mas, em alguns aspectos, não menos valiosa do que sua ação angélica.

Rogo a você, caro Cardeal, que neste momento extremamente importante da história da Igreja, receba a maior graça do Espírito Santo e tenha plena força de alma que lhe permitirá empreender a perigosa missão que ELE quer lhe confiar, seja o que eu penso ou algo diferente que você aprenderá diretamente do Espírito Santo em oração e meditação.

Finalmente, sem um santo dignitário da Igreja que preserve a doutrina da Igreja de ser manchada por heresias papais, temo que somente uma intervenção direta de Jesus ou de sua Mãe Santíssima possa salvar o barco da Santa Igreja de afundar em um abismo infernal de erros, confusão e destruição, que Deus jurou jamais permitir.

Mas creio que, como disse Santo Inácio, Deus quer que acreditemos que tudo depende de Deus, mas que ajamos como se tudo dependesse de nós. Ajudados pela sua graça, tomemos a armadura do Espírito Santo e combatamos os poderes das trevas, com São Miguel e seu exército celestial de santos anjos, Maria, Rainha de todos os santos, sob a proteção de São José, terror daemonum.

No amor de Jesus, que deu a sua vida pela Igreja e derramou o seu santo sangue por todos nós, e a quem desejo servir de todo o coração e como humilde servo no vosso serviço muito mais perfeito a Ele e à Santa Igreja,

In Christo Mariaque

Josef Seifert

[1] Curiosamente, nenhum dos múltiplos apelos à renúncia de Francisco por diferentes grupos de teólogos e filósofos, com exceção de J'accuse, cita esses dois documentos papais, que são autoritativos na questão de "bispos, cardeais e papas heréticos".

Embora eu pensasse "a priori" que tais documentos existissem e os tenha pesquisado durante alguns anos, devo meu conhecimento desses dois documentos da Igreja, provavelmente dogmáticos e, em todo caso, de crucial importância, exclusivamente ao Arcebispo Viganò.

Até onde sei, há uma total (e trágica na situação atual) ausência no DIREITO CANÔNICO de aplicação concreta dos ensinamentos desses dois papas. Mas agora, após a morte do Papa Francisco, não há mais problema algum, mas sim um claro dever da Igreja de investigar se essas acusações de heresia e (na afirmação de que Deus desejou desde a criação a multiplicidade de religiões, incluindo aquelas que negam as verdades mais centrais da Revelação de Cristo) de apostasia são justificadas ou não.

Enviarei meu artigo sobre essa questão mais tarde.

Josef

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Minha Opinião Sobre o Papa Francisco: Claramente Herético

 

Há poucos dias eu fiz uma live com professor Hermes Nery, mas amigos reclamaram que não falei muito. Gostariam que eu tivesse me expressado mais. Bom, em 2019, eu publiquei um e-book, tanto em português como em inglês, sobre o Papa Fracisco, chamado "Papa Francisco: Dos Sapatos à Heresia?", que é um relato quase diário de seu pontificado até o Sínodo da Amazônia. O último relato é um texto de Roberto de Mattei que disse que "moderados não podem derrotar o esquerdismo dentro da Igreja", terá de ser um conservador com orgulho de ser conservador.

Em poucas palavras, para mim, infelizmente, Francisco foi claramente um herético, um herético de "carteira assinada", isto é, ele chegou a assinar suas heresias. Não há registro histórico de um papa que atacou tanto os dogmas da Igreja. Francisco, só para ficar no mais importante, assinou heresia contra o principal dogma não só da Igreja Católica como do cristianismo. Ele assinou documento herético e falou várias vezes contra o dogma de que Jesus Cristo é o único caminho para Deus. 

No livro, eu detalho inúmeros percalços, palavras, documentos e atos heréticos do papa. Infelizmente, isso é verdade, e a Igreja vai ter de lidar com isso. Quem pode declarar ele herético? O próximo papa nem esquerdista, nem moderado.

No prólogo do livro, eu esclareço muitas coisa. Vou colocar aqui parte do prólogo.

Como deve ser feita uma “crítica filial” (crítica respeitosa) a um papa? Além de ser respeitoso, acho que se ater aos fatos é a melhor estratégia. É o melhor caminho para se evitar argumentos baseados em simples opinião e também para se afastar falácias. Como lembrou o cardeal Brandmüller[1], ao ser perguntado se Bento XVI tinha realmente renunciado: de internis non iudicat praetor (um juiz não julga coisas internas, subjetivas, julga apenas fatos). Papas são homens, sendo assim eles erram. As questões que surgem devem se restringir ao grau e ao volume desses erros factuais.

Quando perguntado, em 1997, se o Espírito Santo era o responsável pela eleição de um papa, o então cardeal Ratzinger respondeu:

“Eu não diria isso no sentido que o Espírito Santo escolhe o papa, porque há muitos exemplos contrários que mostram que o Espírito Santo não teria escolhido. Eu diria que o Espírito Santo não assume exatamente o controle do caso, mas sim como um bom educador, por assim dizer, nos deixa muito espaço, muita liberdade, sem que nos abandone totalmente. Assim, o papel do Espírito Santo deve ser entendido em um sentido muito mais elástico, não é que ele dite o candidato para quem se deve votar. Provavelmente, a única garantia que ele oferece é que a coisa não vai ser totalmente arruinada”[2].

Desse modo, não devemos colocar na conta do Espírito Santo a má escolha de um papa, há imensa liberdade para escolha errada. Inúmeros papas foram controversos, desde que São Pedro negou Cristo três vezes, mesmo entre os que foram canonizados. Além de papas controversos, a Igreja aceita que já existiram papas péssimos e até heréticos. Dentre esses péssimos e heréticos, os mais reconhecidos como tais são Libério (323-366), Honório I (625-638), Estevão VI (896-897), João XII (955-964), Bento IX (que conseguiu, por meio de simonia, ser papa por três períodos 1032-1044, 1045, 1047-1048), João XXII (1316-1334), Alexandre VI (1492-1503) e Leão X (1513-1521). Sendo que geralmente se nomeia Honório I e João XXII como heréticos. Papas podem errar de forma grave tanto em termos do magistério como em assuntos mundanos.

Rod Bennett escreveu um livro sobre os momentos históricos em que “bispos fizeram o serviço do demônio”[3]. Ele disse que teve receio de escrever o livro com medo de afugentar os católicos da fé, mas ele lembrou que se pode aprender na Bíblia o quanto é comum a traição daqueles que deveriam defender Deus. Dos trinta e nove reis de Israel da linhagem de Davi, trinta e um foram malignos, e até adoraram outros deuses como bezerros de ouro ou Baal e perseguiram os profetas. Bennett aponta que a proporção entre os papas é extremamente menor, ele calcula menos de 24 malignos ante 266 papas.

Eu compartilho do receio de Bennett em escrever este livro. Clamo à Nossa Senhora para que os leitores deste livro não percam a fé na Igreja e sim que eles a reforcem. Eles devem saber que apesar de a Igreja ter momentos terríveis, a Igreja os supera para continuar sendo a mais antiga instituição do mundo e a mais caridosa. Como disse um dos maiores especialistas sobre a história dos papas, Eamon Duffy[4], a história do papado é a história de uma das mais extraordinárias instituições da humanidade. Essa história se relaciona com todos os aspectos da humanidade – vida, morte, família, capitalismo, socialismo, arte, paz, guerra, etc. No imenso período de presença da Igreja, como o escritor inglês Chesterton lembrou, o cristianismo morreu várias vezes e ressuscitou, “porque ele tem um Deus que sabe a maneira de sair do túmulo” [5].

Os leitores também devem saber que a Igreja não se sustenta só nos ombros do papa e dos clérigos, mas também nos ombros dos leigos. No seu livro, Bennett assinalou que nos piores momentos da Igreja, os leigos católicos brilharam mais na defesa do cristianismo.

Quem é o Papa Francisco? Alguns autores já o definiram como papa misericordioso, outros como papa político, outros como ditador, outros como peronista, outros como comunista e outros como um papa que tentará mudar radicalmente a Igreja.

O filósofo e historiador argentino Antonio Caponnetto, que escreveu sobre o cardeal Jorge Bergoglio mesmo antes deste se tornar Papa Francisco, declarou no final de 2018 que Francisco é como se fosse o líder das igrejas condenadas no Apocalipse, ele é “apóstata, herege, blasfemo, sacrilégio e traiçoeiro” [6]. Caponnetto afirmou que o Papa não tem princípios, era capaz de negar a existência do demônio e em seguida pedir que os fiéis rezassem contra o demônio que invadiu a Igreja.  Caponnetto deu sua opinião. Mas ele também disse que tudo isso pode ser provado “passo a passo”.

Caponnetto usa palavras bem fortes contra seu conterrâneo no Vaticano que ele conhece há bastante tempo. Será que Caponnetto é um inimigo de Bergoglio por conta de outras questões não relacionadas ao magistério da Igreja? Será ele alguém querendo aparecer em um momento de confusão dentro da Igreja? Não sei.

Mas o objetivo deste livro é fazer esse “passo a passo” sugerido por Caponnetto. Procuro me apoiar em fatos, isto é, atos e palavras do Papa Francisco. Esse caminho pode jogar luz na verdade sobre o pontificado de Francisco. Acompanhei diariamente as palavras e as ações do Papa Francisco desde o início do seu pontificado e também li o que teólogos, pensadores e clérigos comentaram sobre o seu pontificado, além de notícias relacionadas ao pontífice.

Neste livro, a ideia é deixar que o leitor conclua sobre quem é teologicamente e doutrinariamente o Papa Francisco, diante do “passo a passo” factual que apresento.  Eu farei uma breve análise do que é heresia e como se identifica um herético, no Capítulo 7, e relacionarei essa minha análise com as ações do Papa Francisco. Mas deixo claro que não tentarei provar canonicamente que o Papa é herético. Nos dias de hoje, a questão da heresia é um assunto tratado de maneira muito mais complexa do que deveria na minha opinião. Mostrarei isso usando o caso do governador de Nova York, o católico Andrew Cuomo, no mesmo capítulo.

Ainda são poucos os teólogos e canonistas que defendem abertamente que o Papa Francisco é herético. Por outro lado, sempre serão poucos aqueles que defenderão que um papa é herético, pois os fiéis amam a Igreja Católica e um papa herético é algo terrível.  Eu amo muito a Igreja. Acho apenas que o meu reporte provará que há bastante material para esse debate.

Em 2019, R.R Reno, editor de uma importante revista católica norte-americana chamada First Things, declarou[7] que a maioria dos cardeais considera que o pontificado de Francisco é um erro, especialmente porque Francisco “não tem teologia”, seria uma autoridade sem princípios, que resulta ou em tirania ou em anarquia. Será que a maioria dos cardeais compartilha desse pensamento de Reno, sendo que boa parte foi nomeada pelo próprio Papa? Não sei. Mas entendo que seja provável. Em todo caso, sim, vivemos uma anarquia na Igreja sob Francisco.

Por vezes, quando se mostra que o Papa Francisco trouxe muita confusão e falta de princípios, aparece alguém para argumentar que o Francisco é peronista, seguidor do método do Juan Perón (ex-presidente da Argentina por três mandatos). O livro the Dictator Pope[8] de Marcantonnio Colonna conta uma anedota de Juan Perón que ajuda a entender essa falta de princípios de um peronista: diz-se que Péron quis ensinar um sobrinho sobre o que era política e levou o sobrinho para suas reuniões. Em uma reunião com os comunistas, Perón disse que os comunistas estavam certos. Mas em uma reunião com os fascistas, Perón também concordou com os fascistas. Então, o sobrinho disse a Perón que ele não podia fazer aquilo, Perón disse que o sobrinho estava certo também.

Este livro é sobre o Papa Francisco e o seu pontificado. As ações e as palavras do Papa já permitem uma análise bastante sólida sobre o que ele é como pontífice e sobre o que ele pretende que a Igreja Católica seja. Aliás, já existe uma verdadeira coleção de livros sobre o Papa Francisco....



[1] Montagna, Diana. (2019). Did Benedict really resign? Gänswein, Burke and Brandmüller weigh in. Life Site News. 14 de fevereiro de 2019. Disponível em https://www.lifesitenews.com/news/did-benedict-really-resign-gaenswein-burke-and-brandmueller-weigh-in

[2] Allen, John. (2002). Conclave: The Politics, Personalities, and Process of the Next Papal Election. An Image Book.

[3] Bennett, Rod. (2018). Bad Shepherds. The Years in Which the Faithful Thrived While Bishops Did the Devil´s Work. Sophia Institute Press.

[4] Duffy, Eamon. (2006). Saints and Sinners: A History of the Popes. Terceira Edição. Yale University Press.

[5] Chesterton, G.K. (1925). The Everlasting Man. Editora Apollo.

[6] Tosatti, Marco (2018). Caponnetto: La Chiesa Tradita, Errore Ignoranza Confusione Menzogna. Stilum Curiae. 20 de dezembro de 2018. Disponível em https://www.marcotosatti.com/2018/12/20/caponnetto-la-chiesa-tradita-errore-ignoranza-confusione-menzogna/

[7] Reno, R. R. (2019). A Failing Papacy. First Things. Fevereiro de 2019. Disponível em https://www.firstthings.com/article/2019/02/a-failing-papacy

[8] Colonna, Marcantonnio. (2018). The Dictator Pope: The Inside Story of theFrancis Papacy. Regnery Publishing.


domingo, 27 de abril de 2025

Cardeal Burke Lança Novena para Conclave

 

Para mim, entre os cardeais que conheço, Cardeal Burke é a melhor opção para papa, mas nós, católicos, temos, desde São Pedro, a se contentar com opções que parecem não serem as melhores.

Burke lançou um novena para o conclave que se avizinha. A Novena pede a proteção de Nossa Senhora de Guadalupe.

Burke não lembrou, fez referência apenas à Nossa Senhora de Guadalupe do México.  Mas Nossa Senhora de Guadalupe une a Europa e a América, com santuário na Espanha e no México. O da Espanha é bem mais antigo que o do México. A tradição da Espanha nos remete a São Lucas Evangelista. Eu fiz essa lembrança no X do cardeal.

Mas vamos ao que importa. Façamos a Novena do Cardeal Burke. Traduzo abaixo:

Oração da Novena para o Conclave

A Igreja e o mundo chegaram a um momento muito turbulento em suas histórias, intimamente relacionadas, pois a Igreja, como Corpo Místico de Cristo, é o instrumento pelo qual Nosso Senhor continua Sua missão, que é a salvação do mundo. Para a missão de Cristo, a missão da Igreja, o Romano Pontífice, o Sucessor de São Pedro, desempenha um serviço essencial, de fato crucial. Segundo a vontade de Nosso Senhor, ele “é a fonte e o fundamento perpétuo e visível da unidade, tanto dos bispos como de toda a comunidade dos fiéis” (Catecismo da Igreja Católica, n.º 882).

O Sagrado Colégio Cardinalício da Santa Igreja Romana se reunirá em breve em Conclave Papal para eleger o Sucessor de São Pedro, Vigário de Cristo, Pastor da Igreja Universal. A intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora de Guadalupe, é extremamente necessária para que os Cardeais em Conclave obedeçam humildemente aos impulsos do Espírito Santo e, assim, escolham o homem mais digno para desempenhar o serviço do Romano Pontífice, o Vigário de Cristo na Terra.

Portanto, peço que se juntem a mim em uma Novena de Nove Dias para o Conclave Papal, começando hoje, em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, para que ela interceda pela Igreja em um momento de grande provação e perigo, assim como ela veio em socorro da Igreja em Tepeyac em 1531.

ORAÇÃO DA NOVENA DO CONCLAVE

Ajoelho-me diante de ti, ó Virgem Mãe de Deus, Nossa Senhora de Guadalupe, mãe compassiva de todos os que te amam, clamam a ti, te buscam e confiam em ti. Rogo pela Igreja em um momento de grande provação e perigo para ela. Assim como socorreste a Igreja em Tepeyac em 1531, por favor, intercede pelo Sacro Colégio Cardinalício reunido em Roma para eleger o Sucessor de São Pedro, Vigário de Cristo, Pastor da Igreja Universal.

Neste momento tumultuado para a Igreja e para o mundo, roga ao teu Divino Filho que os Cardeais da Santa Igreja Romana, Seu Corpo Místico, obedeçam humildemente aos impulsos do Espírito Santo. Por tua intercessão, que eles escolham o homem mais digno para ser o Vigário de Cristo na Terra. Contigo, deposito toda a minha confiança nAquele que é o único que nos ajuda e salva. Amém.

Coração de Jesus, salvação daqueles que em Ti confiam, tende piedade de nós!

Nossa Senhora de Guadalupe, Virgem Mãe de Deus e Mãe da Divina Graça, rogai por nós!

Raymond Leo Cardeal BURKE

24 de abril de 2025



sexta-feira, 25 de abril de 2025

Papa Francisco Desapareceu? Ex-Monsenhor e Advogado de Vítimas de Abusos Sexuais Escreve sobre Papa Francisco e Cardeais.

 


Gene Thomas Gomulka, é um ex-padre, ex-monsenhor, ex-capelão da Marinha dos Estados, que diz que largou a batina por combater os abusos sexuais dentro da Igreja, se casou e teve filhos. Ele escreveu sobre o legado do Papa Francisco e vários cardeais (Cupich, McElroy, Dolan, Fernández) por  proteção de abusadores sexuais. 

O ideal é que se lute dentro da Igreja contra os abusadores, não gosto de ex-padres ou ex-seminaristas atacando a Igreja, não sei exatamente como saíram da Igreja, e a Igreja é a "esposa de Cristo".

O texto é bstante poderoso, cru, e mesmo raivoso, ao ver o papa, bispos e cardeais sendo saudados pela mídia, sabendo que eles acorbertaram absuadores sexuais. 

TEMOS QUE LER ESTE TIPO DE TEXTO, COM MUITO CUIDADO. SIM, O AUTOR TEM EXPERIÊNCIA E FORMAÇÃO CATÓLICA, MAS ELE ATACA O PAPA E CARDEAIS. 

Por ele ter essa excelente formação. porque o assunto é muito sério e a Igreja deve expurgar os abusadores sexuais e seus protetores, e porque o texto foi divulgado por sites que confio e leio diariamente, como o Big Pulpit, traduzo o texto abaixo. Mas eu não aconselho a ninguém que não tenha fé muito segura a ler o texto, pois ataca em detalhes o clero da Igreja por protegeram abusadores sexuais.

O título do texto é "Papa Francisco Simplesmente Desapareceu?", em alusão a uma frase do próprio Francisco que disse que "Aqueles que não se arrependem e, portanto, não podem ser perdoados, desaparecem", e mostrou a foto acima.

Eu senti mesmo que Francisco simplesmente "desapareceu", pois nunca vi uma morte tão anticlimax. Ele simplesmente já era. Só por isso, o texto já me chamou a ataenção.

Do que é dito no texto não tenho como contradizer quase nada, pois não tenho a formação e aexperiência do autor. Mas que Francisco acobertou abusadores sexuais, isso é um fato, pois alguns abusadores sexuais protegidos pelo papa ftoam inclusive condenados pela justiça e pela própria Igreja.
Essa proteça a abusadores sexuais por vezes pe considerada a principal mancha do pontificado de Francisco, como pelo padre V.




Só discordo de última frase do texto. Não, a Igreja não é a maior organização de predadores sexuais. Organizações como escolas, Hollywood, e mesmo outras religiões, possuem mais ou mesmo tanto de protetores de abusadore sexuais. 
 
Aqui vai o texto. Leiam após uma oração.

O PAPA FRANCISCO SIMPLESMENTE DESAPARECEU?
Francisco afirmou: "Aqueles que não se arrependem e, portanto, não podem ser perdoados, desaparecem."

por Gene Thomas Gomulka

Quando comecei a ler notícias sobre o falecimento do Papa Francisco, que eram gaslighting, na mídia tradicional e católica, tive vontade de sair correndo e vomitar no banheiro. Uma família católica que conheço há mais de 50 anos me enviou um artigo do Bispo Robert Barron que dizia: "Em palavras, gestos e ações, o Papa Francisco consistentemente estendeu a mão aos marginalizados – os pobres, os marginalizados, os migrantes – e se esforçou para trazê-los para o centro". Quanto mais artigos eu lia, mais irritado ficava ao saber o quanto inúmeras vítimas de abuso sexual clerical devem estar se sentindo em relação a esse padre profano que provavelmente encobriu mais abusos do que qualquer prelado na história da Igreja Católica Romana. Meu amigo, Joseph Sciambra, ecoou meus sentimentos quando escreveu: "Imagine ser um sobrevivente de uma seita onde você foi abusado sexualmente quando criança e, depois, assistir ao mundo elogiar o líder da seita após sua morte. Agora, você está começando a entender o que os sobreviventes de abuso sexual cometido por padres estão passando agora."

Criei minha conta no Substack, João 18:37 (“Eu vim ao mundo — para dar testemunho da verdade...”) porque descobri que muitos meios de comunicação estavam publicando mentiras ou, mais frequentemente, não contando “toda a verdade” sobre o Papa Francisco e os “tipos da Máfia Lavanda” como os Cardeais Cupich, McElroy, Dolan, Fernández e outros que estavam prejudicando a fé de milhões de católicos. Steve Skojec, fundador do OnePeterFive, acreditava que a mídia não estava apenas comprometendo a “verdade”, mas também encobrindo Francisco que, de sua perspectiva, personificava “o diabo rondando como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8). Outro ex-escritor católico incrivelmente talentoso, Rod Dreher, também lamenta “como o Papa Francisco e os bispos parecem tão determinados a destruir a fé católica — ou se não destruí-la, por si só, então transformá-la em algo que nunca foi”. O Dr. Jules Gomes, um acadêmico e jornalista formado em Roma e Cambridge, também não teve medo de expor as heresias do falecido Papa, seu apoio às bênçãos entre pessoas do mesmo sexo, seu antissemitismo, sua traição à Igreja Católica na China, seus acobertamentos de abuso sexual e suas muitas outras falhas doutrinárias e morais, muitas vezes não relatadas.

Embora líderes da Igreja Católica tenham encoberto o abuso sexual de milhões de menores e adultos vulneráveis ​​ao longo da história, esses mesmos líderes, com a ajuda do legado e da mídia católica, também evitaram mencionar como o Papa Francisco e a vasta maioria dos bispos e padres fora da África e da Ásia hoje são homossexuais, quase todos conhecidos nos círculos clericais por se envolverem em predação sexual e/ou má conduta homossexual, particularmente com outros bispos, padres e seminaristas gays. Embora a Igreja Católica, como o Judaísmo Ortodoxo, o Islamismo, a Igreja Ortodoxa e os cristãos evangélicos, considerem o comportamento homossexual imoral e contrário à Lei Natural, a maioria dos 108 dos 135 cardeais eleitores nomeados por Francisco são homossexuais. Apesar de ser mais qualificado do que a maioria dos atuais Papabili, o arcebispo aposentado de Dublin, Diarmuid Martin, de orientação heterossexual, que expôs acobertamentos de abusos sexuais por seus três antecessores, não tinha a mínima chance de ser nomeado cardeal por Francisco. Consequentemente, salvo um milagre, espera-se que o próximo papa seja outro papa gay como Francisco, que "apoiará" a maioria dos bispos, padres e seminaristas católicos enrustidos, cujas vidas duplas permanecerão ocultas do público e dos leigos católicos pelas mesmas fontes cúmplices da mídia que encobriram o passado corrupto de Francisco, conforme documentado por Martin Boudot em "Abuso Sexual na Igreja: Código do Silêncio". Como se poderia esperar que um conclave com eleitores como Timothy Dolan, responsável pelo suicídio de uma vítima de abuso sexual em Nova York em 2015; o Cardeal Joseph Tobin, acusado de abusar de um jovem no Seminário Mount Saint Alphonsus em Esopus, Nova York; ou o Cardeal Wilton Gregory, que vem acobertando os padres Adam Park e Carter Griffin, acusados ​​de abusar de seminaristas, elegesse um papa que limpasse a casa?

A Igreja Católica teve sua cota de papas homossexuais ao longo de sua história, incluindo os Papas Leão X e Júlio III, cujo comportamento imoral impulsionou a Reforma Protestante e o êxodo de milhões de católicos, como acontece hoje. Apesar da conversão de celebridades como o vice-presidente J.D. Vance e Candace Owens, para cada católico convertido nos EUA, 8,4 católicos abandonam a Igreja. Ao comentar a morte do Papa Francisco, Mel Gibson escreveu: "Ele abraçou um mundo moderno que zomba de Cristo e, ao fazê-lo, muitas almas foram desencaminhadas". Se os cardeais não tivessem eleito Jorge Bergoglio, que tinha um histórico de encobrimento de abusos sexuais e que não negou as alegações de que abusou sexualmente de noviços jesuítas em Córdoba, o padre dominicano Thomas Doyle, Joseph Sciambra, Richard Windmann e inúmeros outros clérigos, ex-seminaristas e leigos respeitados provavelmente ainda seriam católicos hoje. Assim como as principais igrejas protestantes pró-LGBTQ experimentaram um grande declínio no número de membros, a pregação e o comportamento do clero católico gay enrustido também tiveram um efeito semelhante. Um pastor evangélico anglicano sabiamente observou: "Se não fossem os imigrantes trazendo seu catolicismo consigo, os católicos se pareceriam com os episcopais".

O que diferenciou o Papa Francisco dos papas homossexuais anteriores foi sua tentativa de mudar o ensinamento da Igreja Católica sobre a homossexualidade com a promulgação da Fiducia Supplicans, que permitiu a bênção de uniões homossexuais. Papas homossexuais anteriores também não eram conhecidos por destituir bispos heterossexuais, como Francisco fez com o bispo Joseph Strickland, de Tyler, que se manifestou contra a predação sexual clerical e a má conduta homossexual, e com o bispo Fernández Torres, de Arecibo, que se opôs à ideologia transgênero e se recusou a enviar seus seminaristas para um seminário interdiocesano infestado de gays.

Após remover Fernández Torres em março de 2022 e Strickland em novembro de 2023, o Papa Francisco, heterofóbico, excomungou o Arcebispo Carlo Maria Viganò, que o confrontou e a outros prelados em seu "Testemunho" de agosto de 2018 por acobertarem o falecido ex-cardeal Theodore McCarrick. A "gota d'água" que levou à excomunhão de Viganò em julho de 2024 foi quando Viganò recorreu às redes sociais e acusou Francisco em maio de 2024 de "cometer os mesmos abusos" que McCarrick, uma alegação que, segundo ele, lhe foi "confidenciada pessoalmente" por um "ex-noviço" de Francisco. Uma alegação semelhante foi feita por um padre argentino em 2015, que afirmou que seu amigo, um ex-noviço jesuíta, relatou ter sido sodomizado por Bergoglio quando era reitor do Seminário San Miguel, em Buenos Aires. Como o padre argentino ainda exerce o ministério, ele teme ser excomungado, assim como Viganò, caso torne pública essa alegação.

Resta saber se o sucessor de Francisco tentará pressionar pela aceitação doutrinária do comportamento homossexual e até mesmo por um sacerdócio gay e lésbico "casado", como em muitas igrejas protestantes tradicionais, a fim de suprir a escassez crítica de clérigos celibatários heterossexuais que se desenvolveu na Europa e nas Américas nos últimos 50 anos.

Mesmo que a mídia encobrisse o próximo papa, como fez com o Papa Francisco, o novo pontífice ainda poderia ser chantageado por serviços de inteligência estrangeiros de países como a República Popular da China se, por exemplo, descobrissem que ele é um homossexual enrustido que abusou de seminaristas como padre ou bispo. O fato de o Papa Francisco nunca ter disciplinado mais de 150 bispos acusados ​​de abuso sexual; padres como Marko Rupnik, que estupraram mais de 20 freiras; e cardeais como Robert McElroy, Blase Cupich, Christophe Pierre e outros prelados que encobriram inúmeros casos de abuso sexual, significa que o novo papa não poderia disciplinar outros bispos se soubessem que ele cometeu os mesmos atos. Poderia ser esta uma razão pela qual cardeais corruptos desejariam eleger um papa igualmente corrupto, diferente de São Pio V, que emitiu uma bula em 1568 contra o clero homossexual, Horrendum Illud scelus ("Aquele Crime Horrível"), pedindo que padres homossexuais fossem privados de sua dignidade e entregues à autoridade secular para serem condenados à morte.

Embora muitas pessoas tenham postado memes online retratando o Papa Francisco sendo acolhido no céu, muitas vítimas de abuso sexual, bem como clérigos cancelados que se manifestaram contra os abusos e foram demitidos por Francisco ou por bispos cúmplices, acreditam que o falecido papa tinha um motivo oculto para dizer que o inferno não existia. O jornalista italiano Eugenio Scalfari relatou em 2018 que Francisco questionou a existência do inferno ao mesmo tempo em que o The Times de Londres noticiou que "o Papa Francisco abole o inferno". Segundo Francisco, "aqueles que se arrependem não são punidos, mas obtêm o perdão de Deus e se juntam às almas que o contemplam. Mas aqueles que não se arrependem e, portanto, não podem ser perdoados, desaparecem". Reconhecendo a natureza herética da declaração do Papa, o Vaticano posteriormente voltaria atrás no que o Papa disse e o fez afirmar em um discurso posterior que o inferno realmente existe.

Ordenado há mais de 50 anos, após ter estudado em Roma com cinco dos dez cardeais eleitores dos EUA, posso dizer que, pela minha experiência, a maioria das pessoas morre como vive. Embora seja possível que uma pessoa faça uma confissão no leito de morte, acredito que isso seja extremamente raro. A menos que o Papa Francisco tenha pedido perdão em seus últimos dias por todos os abusos que encobriu, que levaram muitas vítimas a se tornarem alcoólatras, dependentes de drogas ou suicidas, sua última oração pode ter sido para que ele simplesmente "desaparecesse". Lamentando que "o Papa Francisco nunca se importou com milhões de vidas preciosas destruídas por padres estupradores", um padre denunciante rezou para que o próximo papa seja verdadeiramente um "homem de Deus", pois "a Igreja não pode mais se dar ao luxo de continuar sendo a maior organização de predadores sexuais e infiéis ordenados do mundo".




  

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Francisco: Confusão e Divisão. Dois Cardeais Dizem Como Deve Ser Novo Papa

 


Sempre disse que a marca de Francisco é a confusão e a divisão da Igreja. Vejo artigos hoje, inclusive divulgados por padres, argumentando sobre isso, como eu falei na live com professor Hermes Nery.

Também vi dois cardeais dizendo o que desejam no próximo papa. O que eles dizem também revelam o que foi o Papa Francisco.

Cardeal Dolan diz que deseja "clareza em ensinamento, mais refinamento sobre a tradição da Igreja, e mais aprofudamento nos tesouros do passado da Igreja".

Cardeal Burke diz que "é fundamental boa catequese e disciplinar pessoas que estão ensinando erros que escandalizam os fiéis".






terça-feira, 22 de abril de 2025

Minha Conversa com Prof. Nery Sobre Legado do Papa Francisco


Ontem, conversei com professor Hermes Nery sobre o legado assombroso do pontificado de Francisco. Acho que você não encontrará uma conversa mais franca que essa sobre esse legado. Detalhamos muitos problemas deixados por esse pontificado que trouxe tanta confusão e divisão na Igreja. 

Rezemos por papas santos.


segunda-feira, 21 de abril de 2025

sábado, 19 de abril de 2025

Casa Branca Publica Relatório sobre Orignes da Covid

 


Casa Branca publica relatório sobre as origens da Covid. Novidade? Nenhuma. Tudo que diz já era sabido, mas se alguém falava isso na na época era considerado teoria coonspiratória e inclusive poderia ser penalizado com pena de prisão e perda de acesso às mídias sociais.

Basicamente:
  • O virus foi criado na China, laboratório Wuhan, de forma artificial. Não é um vírus natural é criação humana maléfica.
  • Dr. Fauci, o especialista que liderou nao só os EUA, como o mundo, na luta contra o vírus, é um dos culpados, financiou o laboratório Wuhan. Ele mentiu diversas vezes sobre isso. Biden perdoou ele de forma antecipada sem que ele tivesse sido julgado, o que basicamente prova a culpa dele.
  • A OMS protegeu o giverno chinês o tempo todo;
  • As medidas de proteção, máscara e distanciamento, não têm qualquer fundamento científico.
E agora?

Essa é a pergunta importante. Como os envolvidos, governo chinês e OMS, podem pagar por milhões de mortes, desemprego e perda sanidade mental. Eu perdi meu sogro e minha sogra.